quarta-feira, 19 de agosto de 2009

FUNDAMGA???

FUNDAMGA:



prática deste ato é muito antiga e muito utilizada mas poucos sabem o seu significado. Primeiramente devemos saber qual a finalidade do uso da fundanga: o seu principal uso é afastar, limpar e dispersar energias negativas, espíritos obsessores da aura da pessoa ou do ambiente em que foi queimada.

"A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético, campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em fotolitos.A pólvora em queima, libera seus elementos sutis que interage neste campo liberando o vampirizado do cordão fluídico denso e negativo. Com o movimento frenético das moléculas dá-se o rompimento do mesmo liberando ambos os espíritos para o devido tratamento, acontecendo de forma idêntica com as larvas astrais que como ‘’carrapatos’’ do espírito se desgrudam e se desintegram na corrente elétrica provocada pela queima da pólvora.Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos sentidos.A pólvora é um elemento material utilizado para vibracionar o campo das energias sutis do corpo, assim como a água fluidificada é carregada de energia para que atue nas células do corpo físico e também igualmente como o passe magnético potencializador dos elétrons que pulam das mãos do médium para o corpo do receptor agindo nas células do corpo físico."

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

RAINHA DAS SETE ENCRUZILHADAS


RAINHA DAS 7 ENCRUZILHADAFoi uma Rainha no seu tempo na terra, diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha. Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer. A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filhos para deixar o trono como herança e tampouco parentes sangue azul para substituí-la após a sua morte. Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao reinado a paz e a tranqüilidade que já não tinham mais. Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado incalculável no oriente e a pediu em casamento, a rainha preocupada com destino da sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se. Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível. A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido. Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era conhecido como Senhor das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com inimigos astrais... O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha. Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades subordinadas que fizeram do Reino das sete encruzilhadas o maior reino do astral médio superior.Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi resgatado pelos soldados da Rainha das sete encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela. O homem ainda atônico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por ter-la envenenado. E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior. A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na mão um cedro de ouro. Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. A Pomba-Gira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como “Dona 7” Se apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada , educada, iteligente e culta. Ao contrários que muitas pessoas pensam... é uma entidade calma e tranqüila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias. Saravà Rainha das 7 encruzilhada







OS EXÚS, SEUS NOMES E SEUS SIGNIFICADOS OU REPRESENTAÇÃO
SETE LINHAS
EXÚ GUARDIÃO SIGNIFICADO DO NOME


OXALÁ
SETE ENCRUZILHADAS
Representa os diversos caminhos
abertos em nossas vidas; representa ainda o livre-arbítrio professado na religião de Umbanda e conseqüentemente nossa liberdade na escolha de nosso próprio caminho.

IEMANJÁ E NANÃ
MARABÔ
MA: Verdadeiramente
RA: envolver
ABÔ: proteção
Aquele que envolveu perfeitamente com sua proteção ou Salve aquele cuja força protege

OMOLU
CAVEIRA
Representa nossa mais profunda transformação, aquela onde nossa parte material já se encontra em profunda degradação e, no entanto, nossa alma permanece em evolução.

OXOSSI E OSSÃE
SETE CAPAS
Representa o momento de transição final; é o Exú da hora da passagem; responsável pelo corte do cordão fluídico no momento final dos filhos de Umbanda.

XANGÔ E IANSÃ
TIRIRI
TI: com grande força
RIRI: valor e mérito.
Aquele que protege com grande força aos que tem valor e mérito.

OXUM E OXUMARÉ
VELUDO
Representa a doçura, a delicadeza mas também a força, a resistência. Representa ainda a riqueza material e espiritual trazidas pela Linha à qual serve.

OGUM E IBEJI
TRANCA-RUAS
Representa um grande poder de defesa para aqueles que a ele se dirigem; defesa contra aqueles que nos desejam o mal, contra nós mesmos e contra aqueles pensamentos e ações que tendem a impedir nossa evolução.


Cada médium que passa por esta Obrigação vai colaborar com eles acrescentando energia e equilíbrio ao trabalho que eles executam. É por este motivo que tantas vezes é falado que devemos ter cuidado com nossos pensamentos e pedidos, pois eles são energias. Os Exús precisam das nossas energias positivas para que possam desempenhar melhor o seu trabalho.
Nota: Os médiuns que vão fazer a obrigação de Exú devem permanecer em estado de seriedade, afastando-se de bebidas, festas, que neste caso exercem uma atração para as almas desorientadas. A função da obrigação de Exú é basicamente para fazer com que o Exú assuma no campo a função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a altura de sua amizade e respeito.

Bebidas: Gostam muito de bebidas voláteis e o aguardente está entre elas ao qual dão o nome de malafo ou marafo, conhaque, cerveja e outras bebidas fortes. As Pomba-giras gostam de anis e champanhe. Não há necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando o conteúdo astral da bebida.

Comidas: Os Exús e Pomba Gira gostam de farofa, dendê, cebola, pimenta, limão, semente de mamona, e as Pombas Giras de enfeites e adornos, sem contar que gostam muito se suas oferendas enfeitadas com Rosas Vermelhas.

UMBANDA ARTE DE CURAR
QUIMBANDA QUER DIZER O CURANDEIRO.
VAMOS OBSERVAR TAMBÉM AS VÁRIAS DEFINIÇÕES DE QUIMBANDA OU KIMBANDA.
QUIMBANDA TEM SUA FONTE DE ORIGEM NO QUIMBUNDO. QUE É UMA MISTURA DE DIALETOS AFRICANOS, CRIADO PELO GOVERNO PARA SER ENSINADO NAS ESCOLAS DAS COLÔNIAS PORTUGUESAS, AFIM DE QUE TODOS ANGOLENSES SE ENTENDESSEM ENTRE SI NAS REGIÕES TRIBAIS DE ANGOLA E MOÇAMBIQUE.
BASEADO NESTA ESTRUTURA VEJAMOS:
QUIM OU KIM, QUER DIZER EM LINGUAGEM AFRICANA, MÉDICO OU GRÃO-SACERDOTE DOS CULTOS BANTOS.
BANDA QUER DIZER LUGAR OU CIDADE.
RESUMINDO, CHEGAMOS À CONCLUSÃO DE QUE EM NOSSO IDIOMA, QUIMBANDEIRO QUER DIZER GRÃO-SACERDOTE DOS CULTOS BANTOS, VINDOS DE ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BENGUELA.
QUIMBANDA = CURANDEIRO-ADIVINHO, NECROMANTE, EXORCISTA, MAGO. POR EXTENSÃO: MÉDICO, BENZEDEIRO. TODO AQUELE QUE BUSCA A ANUNCIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS FATOS, ATRAVÉS DOS MAIS VARIADOS PROCESSOS. O QUIMBANDA TRATA AS ENFERMIDADES DIAGNOSTICADAS POR ADIVINHAÇÃO, DEBELA OS AZARES, RESTABELECE A HARMONIA CONJUGAL OU PROVOCA A INIMIZADE, CONCEDE PODERES PARA O DOMÍNIO DO AMOR OU PARA A ANULAÇÃO DE DEMANDAS.
BUSCA A CURA, NAS MATAS OU CAMPOS, CACHOEIRAS, MARES, ENFIM NOS ELEMENTOS DA NATUREZA, AONDE VAI EM BUSCA DE PLANTAS MEDICINAIS.
KIMBANDA = CURANDEIRO, MÁGICO. (DICIONÁRIO DE KIMBUNDU - )

guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda

Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pomba-giras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
O que é esse lixo?
Nossos pensamentos negativos.
Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.
Nossas ações.
Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.
Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.
A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação. Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada. Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.
A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”. Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”. Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião. Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo: Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas. Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”

marinheiro

Linha dos Marinheiros
Marinheiros na Umbanda são entidades geralmente associadas aos marujos, que em vida empreendiam viagens pelos mares, enfrentando toda sorte de infortúnios. São homens e mulheres que navegaram e se relacionaram com o mar.
Que descobriram ilhas, continentes, novos mundos. Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de mares tortuosos, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.
Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo da água) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.Ótimos guias para desmanche de feitiçaria, os marinheiros trazem com seu jeito alegre a dispersão de fluidos oriundos do baixo astral.
Tomam cerveja, rum ou cachaça, e apesar de seu modo cambaleante, estão mantendo o equilíbrio encimando ondas vibratórias densas que emanam de entidades maléficas, são entidades irmanadas no auxilio mútuo ao próximo.Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas. Trabalham com curas e demandas, assim como os baianos.
A gira de marinheiro é bem alegre e descontraída. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Parece uma grande festa, pela sua alegria e descontração, mas também, existe um grande compromisso e responsabilidade no trabalho que é feito.
Com palavras macias e diretas eles entram bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas. Em seus trabalhos são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e muito amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou em procura de alguém, de um "porto seguro".

boiadeiro

Linha dos Boiadeiros
Boiadeiro na Umbanda são entidades espirituais de homens que trabalharam no campo na rudeza da condução do gado, operam nos terreiros com seu laço e seu grito característico capturando espíritos decaídos e kiumbas que atormentam os consulentes, encaminhando para guias espirituais de socorros destes seres desencarnados.
Uma das giras mais antigas dentro da Umbanda é a dos nossos queridos Boiadeiros. Uma manifestação de espíritos daqueles que foram muito acostumados à terra de chão e tocavam o gado pelas estradas do interior de nosso País, em condições muito difíceis, mas que nunca abalou a adoração desse povo pela lida no campo.Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxossi, dos Caboclos.
Eles são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.Os Boiadeiros, de um modo geral, utilizam chapéus de vaqueiros, laços de corda e chicotes de couro, são ágeis e costumam chegar aos terreiros com sua mão direita levantada, girando, como se estivesse laçando, como se ainda estivessem tocando seu rebanho. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.
Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: através de suas ervas, plantas e curas. Um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços, e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro - sincretismo) e sua língua, entre outras coisas. Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.A magia de sua gira é inconfundível, as histórias que trazem na bagagem são tão fascinantes como importantes no exemplo que nos exprimem. Um Boiadeiro traz consigo as lições de um tempo onde o respeito aos mais velhos e a natureza, a família e aos animais, enfim, a boa educação e bons costumes. Tudo isto fazia muito mais diferença antigamente, do que nos dias de hoje.Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros ''e no descarrego e no preparo dos médiuns.
Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus.Da mesma maneira que os Pretos Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.

Plantio

Pela graça de Deus, nascemos em espírito, e depois em carne. É uma graça de Deus, a nossa existencia, e sem essa graça não existiriamos. Deus em sua infinita misericordia e bondade, deu a oportunidade aos espíritos de poderem nascer na carne, para em vida carnal, terem oportunidades diversas de progresso. A verdade é uma só;Não existem duas verdades. Desde que nascemos, sofremos influencia do meio em que estamos, assim a consciencia do bem e do mal nos é transmitida, por outras pessoas que vivem ao nosso redor. Exemplos são constantes em nossas vidas, e impulsionam as criaturas para esse ou aquele caminho.Diversas idéias, ideologias, sistemas sociais, criados pelos homens tentam pescar a simpatia dos demais seres humanos. Somos parte integrante da harmonia da natureza e para tanto, harmonizar o nosso espírito e nossa consciencia, faz parte da orientação do plano espiritual. Devemos para tanto, sempre efetuar o PLANTIO de boas obras. Semeando boas sementes, colheremos os frutos do nosso plantio. O Plantio é livre, mas a colheita é obrigatória; Essa afirmação é de Jesus, nosso Senhor e Deus. Andando na conformidade das leis de Deus, não há o homem o que temer. Vigiai e orai. 10.10.89


Oração a Nossa Senhora da Aparecida

Rogamo-te ó Mãe Sagrada, Nossa Senhora da Aparecida. Pedimos a tua intervenção e tua misericordia, para retirar do sofrimento esses teus filhos inconsolaveis. Senhora Aparecida,. Padroeira do Brasil, Rainha dos nossos lares e Mãe do povo brasileiro, Rogaí por nós, agora e sempre . Atendei, Ó Mãe Sagrada, este pedido(faz-se o pedido). Reza-se em seguida tres Pai Nossos e 9 ave marias.


ORAÇÃO A SANTO EXPEDITO

Santo Expedito, Padroeiro das causas perdidas, intercedei junto a Deus Nosso Senhor, para solucionar minha causa(fala-se a causa perdida e pede-se a solução). Pelas chagas de Jesus na Cruz, sofremos, pela sua ressureição somos vencedores. Reza-se a seguir, 7 pai nossos, 7 ave marias e faz-se 7 vezes o sinal da Cruz.


ORAÇÃO A SÃO JOÃO SÃO JOAO

QUE batiza, São João que evangeliza, São João que patrocina as causas da humanidade, intercendo junto a Virgem Maria e a Jesus Cristo, dai-nos a vitória em nossas causas dificeis de solução. Daí-nos a sabedoria, capaz de nos orientar nos caminhos desta vida terrena. São João que batizou a Jesus, batiza também a todo o que for em teu encontro, abrindo as portas da felicidade, da prosperidade, da luz e da saúde. Patrocinaí especialmente minha causa(expor ao santo a causa a ser patrocinada) Reza-se 3 pai nossos e 9 ave marias.


TREZENA DE SANTO ANTONIO.

Durante treze terças feiras seguidas, às 9 horas da noite, reza-se 13 pai nossos, 13 ave marias e 13 salve rainhas, e oferta-se à Santo Antonio, pedindo o que necessita , tanto material quanto espiritual. Após, as orações, as pessoas que estão presentes devem comer um pedaço de Pão, em comunhão e lembrança à Santa Ceia. Geralmente os pedidos são concedidos(lembrar sempre que a concessão dos pedidos, estão ligadas também ao mérito pessoal da pessoa).


ORAÇÃO A DEUS

Senhor, obrigado pelos meus braços perfeitos, enquanto há tantos mutilados;
Obrigado pelos meus olhos perfeitos, enquanto há tantos sem luz;
Obrigado pelas minhas mãos que trabalham, enquanto há tantas que mendigam;
Obrigado pela minha Voz que canta enquanto há tantas que emudeceram.
Ó senhor é tão bom ter um lar para voltar, existem tantos que não tem para onde ir;
É tão bom Senhor, sorrir, amar e sonhar.
Há tantos que se odeiam, tantos que se revolvem em pesadelos e tantos que morrem antes de nascer.
É tão bom Senhor ,ter tão pouco a te pedir, e muito a lhe agradecer.


Prece de Caritas

Oh! Deus Pai Poderoso que sois todo o poder e bondade, daí força àquele que passa pela triste provação; Daí a Luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade. Deus daí ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação ao doente o repouso. Deus daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o Pai. Senhor que vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes, piedade senhor por aqueles que vos não conhece, esperança por aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte a esperança e a fé. Deus um raio uma faísca do vosso amor poderia abrasar a terra, deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as dores de acalmarão, todos os males se passarão, um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e amor. Como Moisés sobre a Montanha nós vos esperamos com os braços abertos, ò Poder , Ó bondade, ò beleza ò perfeição, e queremos de alguma sorte alcançar vossa misericórdia. Deus dai-nos a força de ajudarmos o progresso a fim de que possamos subir até Voz, dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará de nossa almas, o espelho onde deve refletir vossa santíssima imagem. Assim Seja.



Oração Umbanda para afastar os maus espíritos



Em nome de Deus Todo‑Poderoso, afastem‑se de mim os maus espíritos, servindo‑me os bons de defesa contra eles.
Espíritos malfazejos, que inspirais maus pensamentos aos homens; espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais; espíritos zombeteiros, que Vos divertis com a credulidade deles, eu Vos repilo com todas as forças da minha alma e fecho os ouvidos às Vossas sugestões; mas imploro para vós a misericórdia de Deus.
Bons espíritos que Vos dignais de assistir‑me, dai‑me a força de resistir à influência dos espíritos maus e as luzes de que necessito para não ser vítima das suas tramas.
Preservai‑me do orgulho e da presunção; isentai o meu coração do ciúme, do ódio, da malevolência, de todo sentimento contrário à caridade, que são outras tantas portas abertas ao espírito do mal.



zé pilintra ....



Zé Pelintra - O Malandro Divino
A Umbanda, religião brasileira, é um misto de Cristianismo, Espiritismo, Catolicismo, culto aos orixás e Catimbó. A Umbanda tem seu edificio solidificado nas bases principais do evangelho cristão, e sua maior lei é Amar a Deus sobre todas as coisas e o amar ao próximo como a si mesmo. A Umbanda é uma religião, espírita - magista, trabalhando com os espíritos, de diversas faixas vibratórias, a Umbanda, tem seu catecismo em simbologias enigmáticas (Pontos riscados, cantados, velas coloridas, etc.) A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade (fora da caridade não há salvação), tanto espiritual quanto material (Ajuda entre irmãos), propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para o problema das pessoas que lhe procuram. Ajudando e auxiliando os demais espíritos. Zé Pelintra é o médico dos pobres e advogado dos injustiçados, e protetor dos comerciantes, principalmente Bares, Lanchonetes, Restaurantes e Boates, e sempre recorre a Jesus, fonte inesgotável de amor e vida. Na gira em que Zé Pelintra participa são invocados os caboclos, pretos velhos, baianos, marinheiros e exus. Em cada linha, a segurança e a esperança de uma conquista certa e segura.Viva Deus, Viva Jesus, Viva Nossa Senhora da Aparecida, Viva o Senhor do Bonfim, Viva os Anjos, Viva os espíritos do bem, Viva nossos cabloco, Viva nossos pretos velhos, Viva Zé Pelintra, Viva sempre nossa UMBANDA. A gira de Zé Pelintra é muito alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre Zé pelintra procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito festeiro, gosta de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idoso ou jovem. Seu Zé Pelintra tem várias estórias da sua vida, desde a Lapa do Rio de Janeiro até o Recife. Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra quer escrever, é a da CARIDADE, e que ela seja praticada e que passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a fim de que possa existir uma corrente inesgotável de Amor ao Próximo. Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por esse mundo de Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um desamparado, estarás, não importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus também Sorria e que o Amor Fraterno triunfe sobre o egoísmo. ZÉ PELINTRA pede que os filhos de fé achem uma creche ou um asilio e ajudem no que puder as pessoas e crianças jogadas ao descaso. Não devemos esquecer que a Fé sem as obras boas é morta. Entidades de luz, carismáticas, chegam com seu samba no pé, seu charuto na boca, chapéu de panamá de lado com toda a ginga de um malandro.tem como sua origem, os rituais do catimbó, provenientes do Nordeste brasileiro, onde até hoje é cultuado a imagem do malandro Zé Pelintra, chefe da linha dos malandros.Zé Pelintra nasceu no nordeste, foi abandonado pelos pais, se supeou das dificuldades e jovem foi par Recife e depois para o Rio de Janeiro, onde se malandriou na Lapa.Assim, Zé Pelintra formou uma bela Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam, os malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não aceitamos que pessoas que não respeitam as entidades e a umbanda, as entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral.
Sua cor: Vermelho e Branco ou Preto e Branco Indicação


HISTORIA DA UMBANDA .

A Umbanda é uma religião brasileira ou, afro-brasileira, pois nela se encontram varias partes de varias religiões e cultos. Sendo que a maior parte vem da África; é a raiz mais forte. No tempo da escravidão, os negros escravos, eram proibidos de cultuarem os seus deuses africanos, pois a ignorância da igreja católica daquela época, dizia que os Orixás, não passavam de demônios. Por isso o sincretismo religioso com os santos da igreja católica, pois os negros escravos eram obrigados a se converterem ao catolicismo, muitas vezes até mesmo no tronco, com o apoio de alguns sacerdotes da religião católica, dizendo ser uma espécie de exorcismo. Quando os escravos se passavam por convertidos, eles comparavam a história ou lenda de um Orixá, com a história ou lenda de um santo católico, e, também o que cada um representava. Pois uma religião de apenas dois mil anos como a católica, não pode destruir a crença em uma religião de mais de dez mil anos, que é a crença na religião dos Orixás. Desta forma, os negros diziam ser católicos, mas continuavam a cultuarem os seus deuses bem escondidos, pois se fossem descobertos, poderiam ser até mesmo mortos. A Umbanda é uma religião que tem como força vital, todas as energias da natureza, depois do grande poder supremo, Olorum, que é o deus maior, a energia suprema. Todos os Orixás possuem um domínio em determinado elemento da natureza, por isso, a importância de se preservar e respeitar tudo que possua vida, pois sem os elementos da natureza, não seria possível a nossa existência. A Umbanda além de ter sincretizado os santos do catolicismo, também absorveu alguns elementos de outras religiões, sendo que o que julgo correto, são os fundamentos africanos e indígenas. Exemplos: Elemento africano: Orixás, cantos, instrumentos de som, guias (colares), comidas, bebidas, trabalhos, ervas sagradas, orações, oferendas etc. Tendo em vista que, é a parte mais forte, cerca de uns 65% a 70% desta religião. E que particularmente, luto para que seja no mínimo 90%, pois é o que seria correto.
Elemento indígena: Culto aos caboclos, culto aos antepassados, ervas sagradas, defumações, bebidas etc. Esta parte também é bem forte, representando uma média de 15% a 20% desta religião. Sendo que na parte africana, o culto aos Caboclos já é contado (nação de Angola), mas, é muito importante que conheçamos as raízes indígenas do Brasil, pois afinal de contas, é a nação da Umbanda.
Elemento católico: Sincretismo com os Santos católicos, orações etc. Esta parte é mínima, diga-se de passagem. Tem mais ou menos uns 2% a 3%, e está sendo combatida. Sendo que existem muitos umbandistas, se é que posso chamá-los assim, que pregam até mesmo a bíblia, que não é o fundamento da Umbanda, que é uma religião de fortes princípios africanos e indígenas e, não católicos; pois o catolicismo existente na Umbanda e no Candomblé, foi imposto na inquisição, no tempo da escravidão, e o Candomblé já o combateu em grande parte, e a Umbanda, ainda permite esse mesmo na maioria dos casos, o que é completamente errado. Elemento oriental e ocultista: Defumações, pontos riscados (cabalísticos), amuletos, astrologia, meditações etc.
Elemento espírita (Kardecista): Orações, passes, doutrina etc. Concordo com a doutrina, mas, não a usada no Kardecismo, pois é muito forte o catolicismo. O nome Umbanda, se originou dos sacerdotes africanos Quimbundos, que em suas nações, possuíam o nome de m’banda, que significa: sacerdote, mestre, médico, curandeiro, filosofo; pois o sacerdote era tudo isso. Deixando assim, alguns dos frequentadores dessas reuniões, um pouco confusos, passando a chamarem o culto que viera a se tornar uma religião de: “Umbanda”. Ficando bem claro aqui, que este significado muda muito de região para região, e que se discute muito este assunto. Pois como todos nós umbandistas sabemos, a Umbanda tem várias ramificações, fazendo assim, com que a mesma se torne bem variada, até mesmo nos fundamentos. Um exemplo, é que a palavra Umbanda, é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do tronco Tupy. Na verdade, encontram-se registros da utilização do termo Umbanda, apenas depois de 1934, pelo que pude pesquisar, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Mas, isso quer dizer somente que, o termo aumbandam ou m’banda, ou seja lá qual for o outro, que passou a ser chamado de Umbanda por questão de pronuncia, e, não por qualquer outro motivo. O termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" por muitos, pode ser traduzida, também, da seguinte forma: AUM - BAN - DAN. Sua tradução pode ser comprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico, revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O ARQUEÔMETRO". AUM significa: "A DIVINDADE SUPREMA"; BAN significa: "CONJUNTO OU SISTEMA"; DAN significa: "REGRA OU LEI". Ficando assim: AUMBANDAN, que significa: "O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS", ficando assim, a palavra UMBANDA, que é de uma pronuncia bem mais fácil. Um outro exemplo, é que a palavra Umbanda significa caminho da verdade ou caminho ao Deus Supremo em muitos lugares. Como podemos ver, a palavra Umbanda é mais um grande mistério, e não se pode ter total certeza do seu verdadeiro significado. Sendo o mais provável, que a sua origem seja realmente a primeira demonstrada aqui (m’banda). Particularmente, é a que mais acredito ser a verdadeira; principalmente pela linhagem de Umbanda que sigo. Gostaria muito, que um dia, fossem separadas a Umbanda que acredita na origem M’BANDA e a Umbanda que acredita na origem AUMBANDAM; pois são bastante diferentes em seus fundamentos, e, poderiam e, deveriam ser religiões diferentes; pois a Aumbandam, usa mantras, zodíaco etc.; e a M’banda, procura apenas as origens africanas e indígenas. Lembrando que, nenhuma possui nada a ver com catolicismo e, nem mesmo o sincretismo com os santos católicos deve ser aceito; ele deve existir com consciência, ou seja, o sincretismo deve existir, apenas como fundamento histórico e, não como fundamento religioso.
Exus e Bombogiras/Pombogiras (Compadres e Comadres) e Exu Orixá (o “verdadeiro” Exu)

No tempo da escravidão, os escravos faziam muitas oferendas ao Orixá Exu, para que este abrisse os caminhos dos escravos que tanto sofriam. Mas a igreja católica, junta com os senhores de engenho, que obrigava os escravos a seguirem o catolicismo, descobriram este Orixá, e, o associaram ao Demônio da igreja católica. Sendo que depois disso, a imagem de Exu ficou bastante deturpada, onde hoje, aqui no Brasil, Ele, o Orixá Exu, ainda é associado a um Demônio que não existe.
Quanto aos espíritos que são comparados com Exu, hoje em dia, não são Orixás, e sim, espíritos em desenvolvimento, que se bem doutrinados, podem ajudar muito, como se fosse o próprio Exu Orixá; pois estes, passaram a agir sob o comando do Exu Orixá que, é o “verdadeiro” Exu. Este Exu Orixá, é o Orixá mais próximo dos homens, pois este, devido ao seu grande senso de humor, segundo a lenda, foi expulso do reino dos Orixás, e, mesmo continuando a ser o Orixá do movimento (mais uma coisa para aproximar-lhe dos homens), das encruzilhadas e dos caminhos tortuosos, passou a viver em um mundo que fica entre os homens e os Orixás, ficando assim, como o mensageiro de todos os Orixás, servo de todos os outros Orixás, sendo que mesmo assim, é respeitado por todos, pois todos conhecem o seu poder e a sua capacidade de enganar. Exu Orixá, como os demais Orixás, fez parte da criação do Ayié (mundo), pois Ele é o princípio ativo de tudo, é a própria ação, junto com o seu irmão Ogum, que é o seu companheiro, que é quem expande o poder de Exu. Pois o mundo, sem Exu, seria como uma pintura: bonita e estática.
Os espíritos hoje associados a Exu no Brasil, em muitos casos, são espíritos de assassinos, punguístas, malandros etc., pois devido a ser comparado com o Demônio dos católicos, passou a carregar o tridente, sendo que o seu símbolo é o Ogò (porrete). Estes outros espíritos, podem ser acentados como guardiões secundários, pois já estão começando a ter mais esclarecimento, e, por causa da fé das pessoas neles, passaram a ser monitorados pelo Exu Orixá, sendo que, o Exu Orixá deve ser acentado em primeiro lugar. Mas existe um grande problema, que são as pessoas que são feitas nestes Exus Compadres, que não são Orixás, e, como conseqüência, não podem assumir o ori (cabeça) de ninguém, pois não possuem axé para isso. E é por isso que muitos terreiros sem nenhum fundamento, acabam tendo vários tipos de problemas com seus médiuns, por fazerem estes mesmos em Compadres e até em Comadres. Ninguém pode ter um Exu Compadre de frente, como por exemplo: o seu Zé Pelintra, que é o Exu da malandragem, da boemia... podendo levar a pessoa para um buraco sem fim, se esse Exu não for coroado. Estes Compadres e Comadres, por serem espíritos em desenvolvimento, recebem pedidos para o mal e para o bem, mas, quem executa os pedidos negativos, não são eles, e sim, os Kiúmbas, espíritos no mais baixo escalão do mundo espiritual, que não querem nada, a não ser, diversão com o sofrimento dos outros. O Exu Orixá, assim como os Compadres, deve ser despachado da mesma forma, pois dizem que Ele é muito brincalhão, e, pode atrapalhar o xirê (culto, festa dos Orixás...), se não for bem tratado; pois este, adora brincar e é muito vaidoso e vingativo. Sendo esta, a explicação mais constante, mas é falsa! Sendo esta, uma explicação, sobre os Compadres e as Comadres (não coroados), e, não sobre o verdadeiro Exu cultuado na África. Na verdade, Exu é servido primeiro, devido a uma lenda que diz que: Exu, certa vez, devorou tudo que havia no mundo, depois devolveu tudo multiplicado, e isso quer dizer que, Exu devolve tudo que recebe em oferendas para a humanidade, e, dobrado. Por isso é tratado primeiro, para que haja maior proteção e pedidos de graças alcançadas com mais rapidez. Deve-se lembrar que na maioria dos Ilês, Exu é cultuado em primeiro e em último lugar, para que este, movimente as energias dos Orixás por todo o tempo, dando proteção a todos os assistentes. Por isso Ele deve permanecer no ambiente por todo tempo.
Como se pode ver, deve-se tomar o máximo de cuidado quando se fala de Exu, pois não se deve confundir o Exu Orixá com os Exus Compadres e Comadres do Brasil. Lembrando que as Comadres, são de igual forma, Exus na forma feminina, aqui no Brasil, e que na África, mais precisamente em Angola, que é uma grande influência na Umbanda, são cultuadas como espíritos da própria sedução, são as mensageiras das Orixás femininas, e no Brasil, assim como o Exu Orixá, foram totalmente deturpadas. Pois na África, as Bombogiras/Pombogiras são entidades que ajudam, são positivas. E é por isso que, não se fazem filhos (as) de Bombogira, pois não são Orixás, são de uma forma ou de outra, Eguns (ver mais à frente). Elas são mensageiras das Orixás da sedução na África, e por isso, ficaram aqui no Brasil como se fossem espíritos de prostitutas, mais uma vez, graças a igreja católica, que julga tudo sem compreender nada, e que, todas as pessoas sem opinião própria acabam aceitando e acreditando. Lembrando que, os terreiros de Umbanda que não conhecem esta diferença, não devem fazer os seus filhos em Exu, pois, estariam fazendo em Compadres ou Comadres, e isso é totalmente errado. No caso de não se entender esta diferença, deve-se virar a linha do médium para Ogum. Lembrando que o Exu Orixá, não recebe trabalhos para o mal, pois este é um Orixá, Ele apenas pune a quem mereçe, a pedido dos Orixás; podendo pedir a Ele, somente que ele cumpra com mais rapidez o que já é realmente certo de se acontecer (não confundir com pedidos negativos). Deve-se lembrar também que, o Exu Orixá, possui varias qualidades (Vodus). Uma observação que julgo importante, é sobre o tridente que Exu passou a carregar no Brasil, que foi colocado com os Compadres, e que passou a ser carregado, também, pelo Exu Orixá, pois tem muito a ver. O tridente representa o inconsciente, o subconsciente e o consciente do homem, demonstrando que tanto o Exu Compadre como o Exu Orixá, são conhecedores dos sentimentos e desejos mais profundos dos seres humanos.
É muitíssimo importante salientar que despachar Exu quer dizer: pedir para que Ele abra os caminhos no decorrer dos trabalhos, ou seja, que não deixe os maus espíritos se aproximarem; e quando se diz que Exu é brincalhão e vingativo, deve-se entender que, se Exu não for tratado, deixa que os maus espíritos perturbem o bom andamento do xirê, por não ter sido lembrado, ou seja, por ninguém ter pedido a Ele que afastasse os maus espíritos, pois tudo que Exu recebe em oferendas, Ele devolve em dobro.
Nota: Este é um assunto muito complexo para ser explicado em poucas linhas, recomendo a quem estiver com dúvidas, que procure um Babalorixá ou Ialorixá com competência comprovada para sanar-lhe as dúvidas.
exus

Exus pagão, batizado e coroado.

É muito importante saber a diferença entre estes três tipos de Exu, pois muitas pessoas vivem discutindo se Exu é negativo ou positivo. Na verdade Exu é o equilíbrio entre os dois polos, mas, deve ser entendido que, cada um desses tipos de Exu é mais voltado para um dos lados (+ -).
Exu pagão: é o Exu que está acabando de sair da linha de Kiúmba, por isso, tem preferência em receber pedidos negativos, pois estes, aparentemente, são mais lucrativos. Fazem o mal e algumas vezes o bem, mas, não sabem diferenciar um do outro, como já dito, apenas estão interessados no pagamento.
Exu batizado: são os Exus que já conseguem diferenciar o bem do mal, mas fazem os dois, pois também, ainda se interessam no pagamento. Sendo que, por já serem batizados, trabalham para os Exus coroados carregando o mal tirado das pessoas.
Exu coroado: são os Exus que além de saberem distinguir o mal do bem, dão preferência e, só trabalham para ajudar as pessoas. Estes Exus por já possuírem esclarecimento suficiente, já comessam a trabalhar em outras linhas (Caboclos, Pretos-velhos etc.), geralmente na linha virada (Quimbanda) para poderem melhorar ainda mais o seu esclarecimento para que em um certo tempo, possam trabalhar na linha branca (Umbanda).
Nota: Quando cito Exu aqui, também cito as Pombogiras, que é exu mulher....

sábado, 8 de agosto de 2009

ORACAO A EXU

ORAÇÃO AO SETE ENCRUZILHADAS
Saravá Santo Ântonio de Pemba!Saravá à força do Sete!Saravá à todos os Exus!
Ajoelhado aos teus pés, estou rogando que me escute no sopro dos sete ventos, meu grande Exú Sete Encruzilhadas.
Com a força do teu garfo que carregas nas costas e da cruz do teu peito, eu humildemente peço que tenhas vidência das dores que trago no peito aflito.
Sete Encruzilhadas Exú dos sete caminhos, senhor rei das Sete Encruzilhadas de fé, sepulte nas sete catacumbas os nossos problemas e tristezas.
És um lindo homem, um cavalheiro, andas descalço com tua linda capa de veludo, a gargalhar pela noite, venceste sete guerras, vença pelo menos uma para mim, se eu merecer pois estou em desespero.
Sete Encruzilhadas, conheces as dores e angústias do mundo onde tu vivestes, amaste, sofreste e foste humilhado, mas hoje carrega a Coroa dos infelizes e essa coroa quem te deu foi a misericórdia de pai Oxalá, nos pés de pai Olorum.
Sete Encruzilhadas, coloque debaixo de teu pé esquerdo o nome dos meus inimigos, livrando-me das invejas, calúnias e dos olhos grandes. põe no meu coração o perdão e a justiça, para me reconhecer e me corrigir das minhas faltas.
Lindo homem de cabelos negros e olhos de cristal, perfuma a minha vida com o perfume das sete rosas vermelhas.
Atenda meu pedido, te imploro Sete Encruzilhadas pois sei que os teus protegidos, tu jamais desampara.
Rei dos sete mistérios, carregas as sete chaves do destino, abra os meus caminhos e me faça feliz, pois contarei sempre com a sua proteção, agora e em todas as horas de aflição.
Saravá Sete Encruzilhadas

OXALÁ

OXALÁ

ÊPA ORIXALÁ

É o primeiro orixá criado por (Deus Supremo). Ele também é conhecido pelos nomes de Orixalá e Obatalá. A missão específica de Oxalá foi criar o mundo. Segundo as lendas, ele é o pai de todos os Orixás. Portanto, está acima de todos na hierarquia divina.
Pesquisadores associam Oxalá ao elemento ar. Isso se deve ao fato de ele representar o céu – o princípio de tudo. Segundo a lenda, o céu, ao tocar o mar, teria criado os demais orixás que receberam a incumbência de cuida de todos os seres do planeta. No entanto, outra fonte diz que Oxalá foi casado com Yemanjá, e essa união deu origem aos orixás. Assim como outras crenças dizem que Oxalá teve filhos orixás com Nana Buruku – Iroko, Oxumarê e Obaluaiê (Conhecido como Omulu).
Oxalá é representado pela cor branca, que também é associada a tudo o que se refere a Umbanda. Para Oxalá, o branco significa a serenidade, a calma, o silêncio, indicando que ele não gosta de violência, disputas ou barulho, assim como não gosta de cores fortes. Oxalá é homenageado por todos os praticantes e cultuado como a figura do pai, demonstrando sabedoria a autoridade, mas também é sensível e tem a capacidade de demonstrar sua força, poder e conhecimentos sem usar de violência – através da argumentação.

Conta à lenda que Oxalá viu – se em desavença com Exu – o senhor dos caminhos. O que aconteceu foi que Oxalá recusou – se várias vezes a fazer as oferendas que Exu exigia. Então, Exu vingou – se fazendo com que Oxalá sentisse uma sede anormal. Para matar a sede, Oxalá furou a casca de uma palmeira com seu cajado (Opaxorô) e bebeu o líquido, uma espécie de vinho, embriagou – se e dormiu.
Odudua, seu irmão mais jovem e grande rival, roubou a sacola mágica e apresentou – se a Olorum, que lhe deu a tarefa da criação. Conta a lenda que no caminho entre orum e o mundo, Odudua encontra uma grande extensão de água, onde o camaleão jogou terra. Essa foi se acumulando até ficar mais alta que a linha da água, formando ilhas, enfim, a Terra. Odudua teria se estabelecido então na cidade de Ilé Ifé, com mais quinze Orixás.
CONHECENDO MAIS OXALA
Oxalá ou Obatala, o Orixá, o Rei da Roupa Branca ou, ainda, o Grande Orixá é o mais importante dos deuses Yorubá. Foi o rimeiro a ser criado por Olodumaré, o Deus Supremo, que lhe conferiu o poder de sugerir, Axé, e de realizar, Axé, razão pela qual é saudado com o título de Alabalaxé.Oxalá tinha um caráter bastante obstinado e independente, o que lhe causaria inúmeros problemas. Foi o encarregado, por Olodumaré, de criar o mundo e o Deus Supremo entregou-lhe, antes da partida, o saco da criação. O poder que Oxalá havia recebido não o dispensava de respeitar certas regras e de se submeter a diversas obrigações. Em razão do seu caráter altivo, ele recusou-se a fazer alguns sacrifícios e oferendas a Exu, antes de iniciar sua viagem para ir criar o mundo. Oxalá se pôs a caminho apoiado numa grande bengala de estanho, seu Opa Oxorô ou Paxorô, o bastão para fazer as cerimônias
No momento de ultrapassar a porta para sair do além, encontrou Exu que, entre as suas múltiplas obrigações, tinha a de fiscalizar as comunicações entre os dois mundos, o que seria criado e o outro. Exu, descontente com a recusa do grande Orixá em fazr\er as oferenda pedidas, vingou-se fazendo-lhesentir uma sede intensa. Oxalá, para matar sua sede, não teve outro recurso se não o de furar o seu Paxarô a casca do tronco de um dendezeiro. Um l[iquido refrecante dele escorreu: era o vinho de palma. Oxalá bebeu-o ávida e abundantemente. Ficou bêbado, não sabia mais onde estava e caiu adormecido. Veio, então, Odudúa, criado por Olodumaré depois de Oxalá, e grande rival deste,. Vendo o grande Orixá adormecido, roubou-lhe o saco \da criação, dirigiu-se a presença de Olodumaré para mostrar-lhe seu achado e lhe contar em que estado se encontrava Oxalá. Olodumaré exclamou: "Se ele está neste estado, vá você, Odudúa! vá criar o mundo!" Odudúa saiu, assim, do Outro-Mundo e se encontrou diante de uma extensão ilimitada de água. Deixou cair a substância marrom contida no saco da criação. Era terra. Formou-se, antão, um montículo que ultrapassou a superfície das águas. Onde ciscava, cobria as águas e a terra ia-se alargando cada vez mais. Isto em Yorubá se diz ile nfé, expressãoque deu origem ao nome da cidade de Ilê/Ifé. Odudúa aí se estabeleceu, seguido pelos outros Orixás e tornou-se o rei da Terra.Quando Oxalá acordou não mais encontrou, ao seu lado, o saco da criação. Despeitado, voltou a Olodumaré. Este, como castigo pela sua embriaguez, proibiu a o grande Orixá, de beber vinho de palma e, mesmo, de usar azeite de dendê. Confiou-lhe, entretanto, como consolo, a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos aos quais ele, Olodumaré, insuflaria a vida.Por esta razão, Oxalá é também chamado de Olomanrere, o "proprietário da boa agila". Pôs-se a modelar corpo dos homens mas não levava muito a sério a proibição de beber vinho de palma, e nos dias em que se excedia, os homens saíam de suas mãos contrafeitos, deformados, capengas, corcundas. Alguns, retirados do forno antes da hora, saíam mal cozidos e suas cores tornavam-se tristemente pálidos, eram os albinos. Todas \as pessoas que entram nestas tristes categorias são-lhe consagrados e tornam-se adoradores de Oxalá. Oxalá - Obatalá é casado com Yemowo. Suas estátuas são colocadas lado a lado - cobertas com traços e pontos feitos com giz - no Ilessin, local de adoração deste casal, no templo Idetá-ilé, no quarteirão Itapa, em Ifé.Yemowo foi, segundo dizem, a única mulher de Oxalá. Um caso excepcional de monogamia entre os Orixás e Eboras, muito inclinados, já o vimos anteriormente, a ter aventuras amorosas múltiplas e a renovar facilmente seus votos matrimoniais. Oxalá é considerado, tanto no Brasil como na África, como sendo o maior dos Orixás. Seus adeptos usam colares de contas brancas e vestem-se, igualmente, de branco. Sexta-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. É sincretizado com o Senhor do Bonfim, sem outra razão aparente se não a de ter um enorme prestígio, na Bahia, e inspirar, fervorosa devoção aos habitantes de todas as categorias sociais. Diz-se, na Bahia, que existem dezesseis Oxalás, sendo, porém, dois os mais evocados: Oxalufan e Oxagiyan.O primeiro, Oxalufan, ue foi o rei de Ifan, é um Oxalá muito velho, curvado pelos anos, que anda com dificuldade e hesitação, como se estivesse atacado pelo reumatismo.Ele apoia seus passos cabaleantes sobre um Paxorô, grande bastão de metal branco, encimado pela imagem de um pássaro e ornado por discos de metal e pequenos sinos. Em contraste, Oxagiyan, que foi rei de Ejigbo, é um guerreiro jovem e valente. Ele gostava, exageradamente, de inhame triturado no pilão, prato denominado Yan, em Yorubá, o que lhe valeu o apelido de "o Orixá que come inhame pilado", expressão equivalente, em Yorubá, a Orixá je iyan, que daria origem ao nome Oxagiyan. Quando as iaôs deste orixá dançam, elas brandem um pilão e um escudo numa das mãos e, na outra, uma espada. Saúdam-se estes dois Oxalás gritando-se Epa Babá, "Viva o Pai"ou, então, Exé eee!, "Boa Atividade".
Existe uma lenda, contada na Bahia, e ainda difundida na África sendo que, em Cuba, uma versão muito próxima foi recolhida por Lydia Cabrera - segundo a qual "Oxalufan rei de Ifan tinha decidido fazer uma visita a Xangô, rei de Oyo, seu vizinho e amigo. Antes de partir, Oxalufan consultou um Babalaô para saber se sua viagem se realizaria em boas condições . O Babalaô respondeu que ele seria vítima de um desastre, não devendo, portanto, realizar a viagem. Oxalufan, porém, tinha um caráter obstinado e persistiu em seu projeto. O Babalaô lhe confirmou que a viagem seria muito penosa, que teria de sofrer numerosos revezes e que, se não quisesse perder a vida, não devia nunca recusar os serviços que, por acaso, lhe fossem pedidos, nem reclamar das conseqüências que disso resultasse. Deveria, também, levar três roupas brancas para trocar.Oxalufan se pôs a caminho e, como fosse velho, ia lentamente apoiado em seu cajado de estanho Encontrou, logo depois, Exu Elopo Pupa, "
Exu-dono-do-azeite-de-dendê", sentado à beira da estrada com um barril de azeite de dendê ao seu lado. Após uma troca de saudações, Exu pediu a Oxalufan que o ajudasse a colocar o barril sobre a sua cabeça. Oxalufan concordou e, durante a operação, Exu derramou de propósito, maliciosamente, o conteúdo do barril sobre Oxalufan, pondo-se a zombar dele. Este não reclamou, seguindo as recomendações do Babalaô. Lavou-se no rio próximo, pôs uma roupa nova e deixou a velha como presente. Continuou a andar, com esforço, e foi vítima, ainda, por duas vezes, de tristes aventuras com Exu-Eledu, "Exu-proprietário-do-carvão-de-madeira" e Exu Aladi, "Exu-proprietário-do-óleo-de-amêndoa-de-palma".Oxalufan, sem perder a paciência, lavou e trocou de roupa após cada uma das experiências. Chegou, finalmente, à fronteira do reino de Oyo, e lá encontrou um cavalo que havia fugido, pertencente à Xangô. No momento em que Oxalufan quis amansar o animal, dando-lhe espigas de milho, e tendo a intenção de levá-lo ao seu Senhor, os servidores de Xangô, que estavam à procura do animal, chegaram correndo. Pensando que o homem idoso fosse um ladrão, caíram sobre ele com golpes de cacete, e jogaram-no na prisão. Sete anos de infelicidade se abateram no reino de Xangô. A seca comprometia a colheita, as epidemias acabavam com os rebanhos, as mulheres ficavam estéreis.Xangô, tendo consultado um Babalaô soube que toda esta desgraça provinha da injusta prisão de um velho homem. Após seguidas buscas e diversas perguntas, Oxalufan foi levado à sua presença e ele reconheceu seu amigo Oxalá. Xangô, desesperado pelo que havia acontecido, pediu-lhe perdão e deu ordem aos seus súditos para que fossem todos vestidos de branco e guardando silêncio em sinal de respeito, buscar água três vezes seguidas a fim de lavar Oxalufan. Este, voltou em seguida à Ifan, passando por Ejigbo para visitar seu filho Oxagiyan, que feliz por rever seu pai, organizou grandes festas com distribuição de comidas a todos os habitantes do lugar".Esta lenda é comemorada todos os anos, na Bahia, em certos terreiros, particularmente naqueles de origem Ketu, provenientes dos candomblés da Barroquinha. O ciclo dessas festas se estende por várias semanas.Numa sexta-feira, dia da semana que no Brasil é consagrado a Oxalá, os Axés do deus são retirados do seu Peji e levados em procissão até uma pequena cabana, feita de palmas trançadas e simbolizando a viagem de Oxalufan, sua ida a prisão e seu cativeiro.Na sexta-feira seguinte, ou seja, sete dias após, representando os sete anos de incarceração, tem lugar a cerimônia da "Água de Oxalá", águas para lavar Oxalá. Todos os que participam da cerimônia chegam de véspera, à noite. O maior silêncio é observado a partir da quinta-feira, ao findar do dia, estendendo-se até a manhã do dia seguinte. Os participantes vão, antes da aurora, pegar a "Água de Oxalá", todos vestidos de branco e com a cabeça coberta com um pano igualmente branco.
Formam um longo cortejo que vai em silêncio, procedidas por uma das mais antigas mulheres dedicadas a Oxalá, que agita sem parar um pequeno sino de metal branco, chamado Adjá. Fazem três viagens até a fonte sagrada. Nas duas primeiras. a água é derramada sobre os Axés de Oxalá. Esta parte do ritual é realizada como lembrança das pessoas do reino de Oyó que foram, em silêncio de vestidas de branco, buscar água para Oxalufan se lavar. Na terceira vez, que corresponde ao nascer do dia, os vasos cheios d'água são arrumados em volta do Axé de Oxalá. A proibição de falar é sustada, cânticos acompanhados pelo ritmos dos tambores são entoados, e transes de possessão de produzem entre as filhas de Oxalá como testemunhos da satisfação do deus.No domingo seguinte, tem lugar uma cerimônia, pouco importante mas, exatamente uma semana depois, realiza-se uma procissão que leva os Axés de Oxalá ao seu Peji, simbolizando a volta de Oxalufan ao seu reino.O terceiro domingo, finalizando o ciclo das cerimônias, é chamado de "Pilão de Oxagiyan" e evoca as preferências gastronômicas desse personagem. Distribuições de comidas são realizadas em seu nome, a fim de festejar a volta do pai. Neste dia, uma procissão leva ao barracão pratos contendo inhame pilado e milho cozido, sem sal e sem azeite de dendê, mas com limo da Costa. Pequenas vara de Atorí, chamadas Ixans, são entregues aos Oxalás manifestados, às pessoas ligadas ao terreiro e aos visitantes importantes. Uma roda se forma, onde as dançarinas se passam curvados diante dos Orixás que lhes dão, na passagem, um ligeiro golpe de vara; por seu lado, os que foram assim tocados, dão e recebem, golpes de vara de assistência.Uma versão sincretizada da água de Oxalá é a lavagem do chão da basílica do Senhor do Bonfim que acontece, todos os anos, na Bahia, na quinta-feira precedente ao domingo do Bonfim. Alguns piedosos católicos tinham o hábito de lavar, zelosamente o chão da igreja. Um ato de devoção que não é particular a este templo. No Bonfim, porém, tomou um caráter diferente. Os descendentes de Africano, movidos por um sentimento de devoção, tanto ao Cristo como ao deus africano, fizeram uma aproximação entre as duas lavagens: a dos Axés de Oxalá e aquela do solo da igreja que leva o nome católico do mesmo Orixá. Os devotos aparecem em grande número a fim de participar da lavagem, na quinta-feira do Bonfim.Esta festa é, atualmente, uma das mais populares da Bahia. Neste dia, as baianas, vestidas de branco, cor de Oxalá, vêm em cortejo à Igreja do Bonfim. Trazem à cabeça potes contendo água para lavar o chão da Igreja e flores para enfeitar o altar. São acompanhadas por uma multidão, onde sempre figuram as autoridades civis do Estado da Bahia e da Cidade de Salvador.O arquétipo da personagem dos devotos de Oxalá é aquele das pessoas calmas e dignas de confiança; das pessoas respeitáveis e reservadas, dotadas de força de vontade inquebrantável que nada pode influenciar. Em nenhuma circunstância modificam seus planos e seus projetos, mesmo a despeito das opiniões contrárias, racionais, que os alertam para possíveis conseqüências desagradáveis dos seus atos. Tais pessoas no entanto, sabem aceitar, sem reclamar, os resultados amargos daí decorrentes.O imenso respeito que o Grande Orixá inspira às pessoas do candomblé revela-se plenamente quando chega ao momento da dança de Oxalufan. Com esta dança, fecha-se geralmente a noite, e os outros Orixás presentes vêm cercá-lo esustentá-lo, levantando a bainha de sua de sua roupa para evitar que ele a pise e venha a tropeçar. Oxalufan, e aqueles que os escoltam, seguem o ritmo da orquestra que interrompem a cadência em intervalos regulares, levando-os a dançar alguns passos hesitantes, entrecortados de paradas, no decorrer do quais o conjunto de Orixás abaixa o corpo, deixa cair os braços e a cabeça, por um breve momento, como se estivessem cansados e sem forças. Não é raro ver pessoas que, vindas como espectadoras, deixam-se tomar pelo ritmo, dançam e agitam-se em seus lugares, acompanhando o desfalecer do corpo e a retomada dos movimentos, conjuntamente com os Orixás, num afã de comunhão com o Grande Orixá, aquele que foi, em tempos remotos, o Rei dos Igbos, longe, bem longe, em Iluayé, a Terra da África.

QUEM SAO AS ENTIDADES?

QUEM SAO AS ENTIDADES??????????

CABOCLOS: A linha, chamada de Oxossi, por sincretismo e adaptação ou inovação aos cultos afros, é constituída de índios, geralmente brasileiros. Há uma infinidade deles. Quando nos terreiros, seus trabalhos são de desenvolvimento de mediunidade, descarga dos filhos, passes, conselhos, curas através de ervas, orientações, limpeza da aura dos consulentes, desobsessões, etc. São entidades autoritárias, enérgicas e às vezes intolerantes. Usam charutos, arcos, flechas, penachos e objetos próprios dos indígenas.

PRETOS VELHOS: constituída de escravos que desencarnaram no tempo da escravidão, a linha de Preto Velho caracteriza-se pela simplicidade, bondade, paciência e tolerância. Apresentam-se normalmente, curvados, capengando, como se os anos lhes pesassem no corpo. Seus trabalhos consistem em conselhos espirituais, materiais, psicológicos, curas através de ervas, passes, limpeza da aura do consulente, resolução de problemas. Vêm com os nomes que tinham quando vivos. Usam cachimbo, palheiro, fumos, velas, defumadores, aguardentes, vinhos, bengala, banquinhos, colares, rosários, etc.

CRIANÇAS: a linha de ibejada vêm aos terreiros para recordarem a infância e fazer toda a sorte de traquinagens. Gostam de doces, refrigerantes, brinquedos, próprios das crianças. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podem-se-lhes pedir ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. Quando baixam, são usados flores, brinquedos, velas e guloseimas.

MARINHEIROS: da linha do Povo D’água ou de Iemanjá, geralmente baixam para beber e brincar, podem-lhe ser pedidos coisas simples. Não é muito aconselhável a incorporação dessas entidades, devido a quantidade de bebida que ingerem. Com doutrinação e proibição, porém, eles não bebem em excesso.

BAIANOS: descem para trabalho de desenvolvimento, orientação, curas, conselhos, desmanche de trabalhos de magia negra e outros.

BOIADEIROS: incorporam somente para permanecerem um pouco na terra. Algumas tendas lhes dão pequenos trabalhos para realizarem.

POVO D’ÁGUA: entidades encarregadas da limpeza e descarga fluídicas astral dos filhos de fé, dos terreiros ou lares. Ajudam muito em problemas relativos a casamento.

OGUM: são caciques guerreiros ou soldados. Sérios, enérgicos, muito utilizados para demanda pesada com Exú, trabalhos de desenvolvimentos, desobsessões, curas, conselhos, orientações, desmanche de magia negra e conselhos profissionais.

EXÚ: o Exú é tido como um espírito impuro, perverso, que só gosta de fazer o mal, entretanto para desmanchar um trabalho de magia, temos que chamar quem entende de magia, portanto, ele pode fazer o bem. Doutrinado é de grande eficácia para o Terreiro, pois conhecendo bastante a magia, é empregado para demandar com outros a fim de desmanchar trabalhos de quimbanda. Trata-se de uma força de esquerda usada para equilíbrio vibratório de um trabalho. Quando vêm ao terreiro, usa pemba, vela, pólvora, ponteiro, aguardente, charuto e outros.

POMBA GIRA: mulher de Exú, ou Exú mulher. Popularíssima e muito solicitada para trabalhos das mais diversas finalidade. Espíritos alegres, vaidosos, ambiciosos, muitas vezes falsos, traiçoeiros, brejeiros e sensual. Gostam de bons cigarros, bebidas finas, jóias, bijuterias, flores, belos vestidos, presentes e outros. Usam de tudo em seus trabalhos, pemba, ponteiro, flores, cigarros, etc.

CIGANOS: espíritos pouco chamados nas Tendas, trabalham principalmente na área de cartomancia, quiromancia e outros. Sabem muitas magias e simpatias, ajudam nos mais variados problemas. São muitas vezes confundidos com Exú e Pomba Gira, mas na realidade esta confusão se dá pelo desconhecimento da maioria dos filhos de fé. São espíritos alegres, festeiros, gostam de danças e canto, presentes e outros. Não gostam de trabalhar de graça, por isso é aconselhável lhes dar um presente ou uma moeda.

Como podemos observar, a Umbanda difere totalmente dos cultos afros, embora tenha hoje ramos oriundos daquele continente. Na Umbanda, o ato é mais prático e objetivo: o filho de fé fala pessoalmente com os Guias, obtendo deles a resposta ou a solução do problema que o levou ao terreiro.

Os escravos trouxeram uma rica bagagem teogônica (conjunto de deuses) do continente de origem. Cada um deles rege um fenômeno meteorológico ou natural, onde atua em consonância à sua aura vibratória. Diferem pouco de nação para nação, quase imperceptível, já que aqui se misturaram; mas suas entidades são mais ou menos as seguintes:
OLORUM (nagô) - ZAMBI (banto) Deus supremo do céu (Obatalá) e da terra ( odudua). Para ele não há culto. É homenageado através de orixás secundários.

OXALÁ - com duas divisões oxalufã e oxaguiã, ou seja, deus velho e deus moço, o maior de todos os Orixás. É deus branco e segundo a crença, durante seis meses é do sexo masculino e nos outros seis, feminino. A ele cabe as manifestações de religiosidade em geral, as ciências, as artes e o evangelho ou doutrina moral por excelência.

IEMANJÁ - rainha dos oceanos, mares e águas salgadas, protetora dos marinheiros, dos pescadores, dos peixes, da flora marítima, das viagens por mar e do casamento, as mais velha dos orixás; conta para auxiliá-la com outras entidades femininas: as sereias, ondinas, ninfas, náiades espíritos aquáticos. Em algumas nações existe também OLOKUM , que para os iorubanos é o deus do mar.

XANGÔ - orixá da justiça e também dos raios, relâmpagos, trovões e tempestades; com domínio também sobre as pedras e pedreiras; possui três esposas que o auxiliam.
OGUM - deus da guerra, das demandas, do embate físico, das disputas materiais e espirituais, do aço, do ferro, do fogo, da espada e das armas bélicas.

OXOSSE - orixá das matas, florestas e bosques, protetor dos caçadores, da fauna e da flora vegetal. Guia através das matas a quem se acha perdido.
IBEJI OU IBEJADA - deus gêmeo, protetor das crianças em gral, chamado também de ERÊ, dos brinquedos e das diversões infantis.
OXUM - deusa dos rios, lagos, cachoeiras, córregos e da água doce.

OMULU - orixá das doenças, das pestes, e das epidemias, médico procurado para curar moléstias tidas como incuráveis.

INHASSÃ - uma das esposas de Xangô, deusa dos ventos, raios, coriscos e tempestades. Algumas nações tem-na como guarda dos eguns nos cemitérios.

NANÃ BURUQUÊ - uma deusa velha, já avó, ranzinza, simbolizando, na nação iorubana, a chuva e atuando também nos rios e ribeirões.

OXUM MARÉ - segundo algumas nações é um deus hermafrodita. Seis meses do sexo masculino e seis meses do feminino. É o que sustenta o planeta terra e tem como representação o arco-íris. Em algumas nações, julgava-se fosse ele quem formava a chuva, chupando a água dos rios através do arco-íris e levando-a até as nuvens, de onde caia sobre a terra.

OSSÃE - deusa das folhas, dos frutos e dos brotos das árvores, regulando o seu emprego medicinal.

OBÁ - uma das três esposas de Xangô, juntamente com Inhassã.

EXÚ- é o orixá dono de todas as encruzilhadas, lugares ocultos e perigosos. Em algumas nações era um espírito neutro o cobrador de dívidas cármicas ou pecados. Em outras, era o mensageiro dos orixás. Nós acreditamos que Exú é o amigo que nos socorre quando somos atacados por forças maléficas, desmanchando e protegendo-nos contra trabalhos de magia negra.

BOMBOGIRA OU POMBA-GIRA- Exú mulher ou mulher de Exú. Para os leigos, mulheres da vida que perturbam os casamentos, para nós, espíritos extremamente feminino, disposto a nos ajudar em nossas dificuldades emocionais, sentimentais e muitos outros problemas, até mesmo sexuais.

Eis em síntese os principais orixás do panteão africano ou teogonia iorubana (jeje - nagô) e Banto ( Congo, Angola e Moçambique), os dois cultos que efetivamente impuseram suas filosofias as outras nações: Mina, Malê, etc
GUIAS E PROTETORES DA UMBANDA
Os médiuns de Umbanda, embora mantendo nomes de Orixás em seus cultos ou rituais, sem dúvida alguma não trabalham com eles, isto é, não se deixam envolver em suas vibrações, mas incorporando Guias e protetores que são espíritos que estiveram encarnados na terra. Aí a diferença básica entre a Umbanda e o Candomblé ou cultos de Nações, como são vulgarmente chamados.

GUIAS UMBANDISTAS:

CABOCLOS: espíritos de índios e mestiços, notadamente os das tribos Tupi-Guarani; são silvícolas brasileiros que viveram antes e depois da descoberta do Brasil. Há certa analogia com Oxossi, orixá africano, dadas as características de ambientes: MATAS

PRETOS VELHOS: Espíritos de negros e negras que morreram à época do cativeiro.

CRIANÇAS: Espíritos que mantém o psiquismo infantil e crianças brancas, negras e índias que morreram em tenra idade.

BAIANOS: Espíritos que quando encarnados, habitavam a Bahia ou nordeste do Brasil.

MARINHEIROS: pessoal que morreu nos mares ou eram marinheiros.

BOIADEIROS: Vaqueiros que trabalhavam nos sítios e fazendas, aí morrendo.

CIGANOS: Espíritos de ciganos, pertencentes as mais variadas tribos, que querem difundir suas crenças e costumes.

POVO D AGUA: Espíritos ainda envoltos em mistérios, pois raramente falam e emitem um canto triste e mavioso.

EXÚS: Entidade muitocontrovertida, uns acham que só trabalham para o mal. Não é verdade. Eles têm um senso de justiça muito apurado conhecem a magia e a usam bem. Tanto fazem o mal, como podem fazer o bem, depende muito da direção que o médium dá a essas entidades.

QUIUMBAS OU RABOS DE ENCRUZA: muitas vezes confundidos com Exú, são espíritos malfeitores, ladrões, bêbados que só fazem o mal e obsedam criaturas. São almas errantes, com a condição de serem maldosos.

EGUNS: espíritos de gente comum, tidas como sofredores, levianos, zombeteiros ou perturbados que não aceitaram ou não perceberam ainda a condição de falecidos e que se encostam a encarnados, transmitindo-lhes suas dores, idéias, doenças, sofrimentos físicos e morais que os vitimaram, vícios e outras perturbações, sem, entretanto, terem conhecimento disso. Normalmente depois de doutrinados e orientados, deixam a pessoa em paz e procuram o seu próprio crescimento espiritual, vindo, muitas vezes a auxiliar a própria pessoa que antes obsedavam.
SAUDAÇÕES AOS ORIXÁS

Ao adentrar-se o terreiro, primeiramente deve-se saber quem é o patrono da casa, de acordo com o Orixá Chefe da tenda ou com os trabalhos que estão desenvolvendo, a saudação é a seguinte:
Oxalá - Exê Babá - Benção, Salve.
Iemanjá - odolfiaba, adoiá , doce iaba.
Xangô - Caô cabe Silê.
Ogum - ogunhê.
Oxosse - okê Caboclo.
Pretos Velhos - saravá - Adore as almas
Inhassã - eh parrei oiá.
Oxum - aiê ieu Oxum. Ora ieie o
Abaluaê -atotô.
Almas - adoriê - salve as almas santas benditas.
Ciganos – Opcha, saravá, eia.
Oriente – Namastê.
Pomba - Gira - laroiê Bomba Gira.
Exú - Exú mogibá - Salve a sua banda.
Saravá é um termo genérico usado para todos, assim como a expressão “salve as suas forças”
ibeijada- yori beijada

BEBIDAS DOS ORIXÁS
Oxalá - mel, água, leite.
Ciganos - rum, conhaque, tequila, suco de frutas.
Iemanjá - licores em geral e champanhe.
Ogum - cerveja amarela.
Oxossi - vinho tinto, suco ou curiado de sua escolha.
Xangô - cerveja preta.
ibeijada - refrigerantes e suco.
Marinheiros e Exús - qualquer bebida alcóolica da preferência deles.
Pomba Gira - champanhe, martini ou a bebida que ela pedir.
Pretos Velhos - vinho tinto ou café sem açúcar.

kimbanda

bandas;
1) Reino das Encruzilhadas -

Que sendo chefiado por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas, goberna tudas as pasagens dos Exu que ali trabalham. Sua função principal é abrir os caminhos para os outros Guias chegarem e também para os filhos e fregueses.

2) Reino dos Cruzeiros -

Chefiado por Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombagira Rainha dos Sete Cruzeiros, goberna tudas as pasagens dos Exu que trabalhan nos cruzeiros (não confundir com encruzilhada).

3) Reino das Matas -

Chefiado por Exu Rei das Matas e Pombagira Rainha das Matas. Goberna todos os Exu que trabalham nos verdes ou locais que tenham árbores a excepção do Cemitério, que pertence a outro reino.

4) Reino da Kalunga Pequena ( Cemitério)

Governado por Exu Rei das Sete Calungas ou Kalungas e Pombagira Rainha das Sete Kalungas. Esses Exu tambêm são chamados pêlo nome de Rei e Rainha do Cemitérios. Geralmente quando diz-se "calunga" nas giras de kimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios exclusivamente.

5) Reino das Almas

Chefiado por Exu Rei das Almas Omulu e Pombagira Rainha das Almas. Eles também são conhecidos pêlo apelo de Rei e Rainha da Lomba, porque gobernam todos os exu que trabalham em locais altos. Porém, os Exu deste reino também trabalham em hospitais, morgues, etc.

6) Reino da Lira

Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha, sendo na verdade seus nomes kimbandeiros Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblê (ou Rainha das Marias). Seus apelos kimbandeiros mostram justamente sua afinidade pêla dança, a musica e a arte ( lira e candomblê). Dentro do reino da Lira, que tambêm as veces é chamado "reino do candomblê" não pêlo culto africanista aos orixás, sinão por ser issa palavra sinônimo de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exu que tem que ver com a arte, a musica, poesia, bohemia, ciganeria, malandragem, etc.

7) Reino da Praia

Gobernado por Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Dentro dele encontram-se todos os Exu que trabalham nas praias, perto d'agua o ainda dentro dela, podendo ser salgada ou doce.

pomba giras;

de Pombagira, Bombogira, Exu-mulher ou ainda Bomobonjira é conhecida a Entidade feminina da kimbanda. Esta forma de chamar para Ela é sem lugar a dúvidas pêla influência banta (Angola). A Entidade banta Aluvaiá-Pombagira foi então submetida à Entidade iorubana Exu, sendo colocada como sua mulher.
Em kimbanda, debemos dizer que a Pombagira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubas. Ela pôde ter muitos maridos, que tornam-se seus "escravos" ou empregados. Na conceição da kimbanda, tudas as Entidades são duplas, é dizer, cada uma delas pôde se apresentar em baixo da apariencia de homen ou mulher. Por seu lado, os Exu-homens pôdem ter muitas mulheres, as quais passam a ser suas escravas ou empregadas. É muito comum usar o número 7 (sete) para dizer quantas mulheres ou homens pôde ter uma Entidade, isso é assim, por ser um numero cabalístico e mágico.

Na África.

Em terras bantas, muito antes de chegada do branco, já existia o culto aos ancestros (chamados depois no Brasil "guias"). Também era conhecida a palabra "mbanda" (umbanda) significando "a arte de curar" o "o culto pêlo qual o sacerdote curaba", sendo que mbanda quer dizer "o Além - onde moram os espiritos". Os sacerdotes da umbanda eram conhecidos como "kimbandas" (ki-mbanda = comunicador com o Além ).
Quando chegam os portugueses e tem contatos com os reinos bantos, procuram comerciar com elos de um jeito pacifico. Mais tarde, o Rei do Kongo (manikongo) descendente do primeiro ancestro kongo divinizado o Tatá Akongo converte-se ao catolicismo, sendo que também fazem o mesmo todos os seus vasalhos. Pôde-se apreciar então que os negros bantos já na África são evangelizados por vontade própria, fazendo elos mesmos em suas terras sincretismos entre Santos e Nkisis. Porém uma parte banta não aceitou, nem adoutou a evangelização, sendo que tramaram uma revolução em contra do rei do Congo, mesmo ainda, para se mostrar opôstos ao branco e os Santos, adoutaram dizer que eram do Diabo. Esses povos bantos eram os Bagandas, Balundas e Balubas. Ao tempo os Bagandas em revolta conquistaram a região de Angola e logo após quasi todo o reino congo (que estaba formado por vários reinos vasalhos). Um dos reis bagandas foi Ngola Mbandi, de onde provêm o nome de Angola. Essos revolucionarios estabam apoiados pêlos grandes feiticeiros e guardiões das tradições bantas, sendo também que sua bandeira estaba formada pêlas côres da tribo dominante: vermelho e preto (muito depois seriam as cores de Angola). Os Luba-Lunda, que ajudabam na guerra em contra do branco e os reinos congos evangelizados usaban como bandeira as côres vermelhas, pretas e brancas.
Debemos também dizer que depois de muito tempo de paz entre portugueses e congos, um dos descendentes do Rei do Congo para não perder o reino decidiu se-unir ao pensamento das outras tribos, pegando novamente seu nome africano e declarando a guerra em contra dos portugueses, se aliando com o resto dos povos bantos.
Por sua parte, os portugueses levaram-se milhares de escravos bantos para o Brasil, entre elos encontrabam-se partidarios dos dois grupos bantos: os evangelizados e os defensores das tradições. Este ultimo grupo, já no Brasil, siguiu sendo revoltoso, contrário a todo o que vinha do branco, e tambêm em parte "inimigo" dos escravos feiticeiros que sincretizaban os nkisis com os santos.
No Brasil.

No periodo da escravidão, os bantos dos dois grupos (revolucionários e evangelizados) pegam contato com os grupos tupi-guaranis, existindo também entre os indios dois grupos afins aos grupos bantos: indios bruxos que não aceitabam os santos (se-identificando com o diabo) e os indios evangelizados que gostabam da idéia do sincretismo santoral. Esses grupos juntan-se para fazer suas magias por separado, e dizer, os negros bantos contrários ao branco e os santos com os indios bruxos; e os negros bantos evangelizados com os indios evangelizados.
Daí o surgimento de duas correntes paralelas e opôstas que seriam conhecidas no Brasil como Umbanda - o culto dos caboclos e pretos evangelizados; e a Quimbanda - o culto dos caboclos e pretos que não aceitaram viver em baixo do pé do Deus dos brancos, se aliando ao Diabo (inimigo do branco) e com Exu (aquele que também era olhado como um demônio).
Aliás, temos dizer que, com o passo do tempo, quando morrem os escravos dos dois grupos, são chamados e incorporados a través do trance por seus descendentes, ao principio na Macumba e logo na Umbanda . Porém, os espiritos chegabam todos num mesmo terreiro sem tanta diferenciação, e até se confundindo os grupos. Os descendentes de escravos o que menos queriam era de ser chamados satanistas ou macumbeiros, por isso votaram aos grupos revoltosos em baixo do pé dos grupos evangelizados e a Kimbanda ficou sendo uma sub-linha da Umbanda. Porém os próprios Espiritos se encarregaram de fazer a separação e hoje em dia podemos dizer sem lugar a dúvidas que existem duas religiões paralelas e diferentes: a Umbanda - onde chegam os Espiritos Guias dos Pretos e Caboclos evangelizados, vestidos de branco, humildes, que acreditam nos santos e os orixás, onde não se faz sacrificios de animais, que não fazem o mal, etc. E a Kimbanda - onde chegam os Espiritos Guias dos Pretos e Caboclos que trabalham para bem ou mal, com sacrificios de animais, lujo, orgulho, revolução e que não acreditam nos Santos da Igreja, defensores de tudo o que seja africanismo, e aceitam aos orixás e nkisis.
Cabe dizer, que os seguidores das distintas ramas da umbanda, adoutam e adaptam as duas linhas (umbanda-kimbanda) segundo os preceitos e as influências maioritarias da sua Casa de Religião. Por exemplo, aquelos que fazem Umbanda Branca (sem sangue) votam a kimbanda em baixo da mesma e para os Exus tampouco matam. Aquelos que fazem culto aos Orixás iorubas e também practicam Umbanda, dadas as influêcias iorubanas, olham na Umbanda como na Kimbanda um culto aos ancestros (ou Linha de Almas) submetidos aos Orixás, fazendo para os ancestros rituais de sacrificios (principio fundamental dessa cultura).
Hoje em dia podemos dizer que a Kimbanda se liberou da Umbanda, existindo um culto separado só prá Exu da Kimbanda e fora do contexto umbandista.




reinado:

REINO DAS ENCRUZILHADAS.
1) Povo da Encruzilhada da Rúa.- Chefe Exu Trancarúas
2) Povo da Encruzilhada da Lira.- Chefe Exu Sete Encruzilhadas
3) Povo da Encruzilhada da Lomba.- Chefe Exu das Almas
4) Povo da Encruzilhada dos Trilhos.- Chefe Exu Marabô
5) Povo da Encruzilhada da Mata.- Chefe Exu Tirirí
.6) Povo da Encruzilhada da Kalunga.- Chefe Exu Veludo
7) Povo da Encruzilhada da Praça.- Chefe Exu Môrcego
8) Povo da Encruzilhada do Espaço .- Chefe Exu Sete Gargalhadas
9) Povo da Encruzilhada da Praia- Chefe Exu Mirim.

REINO DOS CRUZEIROS

1) Povo do Cruzeiro da Rúa.- Chefe Exu Tranca Tudo
2) Povo do Cruzeiro da Praza.- Chefe Exu Kirombó
3) Povo do Cruzeiro da Lira.- Chefe Exu Sete Cruzeiros
4) Povo do Cruzeiro da Mata.- Chefe Exu Mangueira
5) Povo do Cruzeiro da Kalunga.- Chefe Exu Kaminaloá
6) Povo do Cruzeiro das Almas.- Chefe Exu Sete Cruzes
7) Povo do Cruzeiro do Espaço.- Chefe Exu 7 Portas
8) Povo do Cruzeiro da Praia.- Chefe Exu Meia Noite
9) Povo do Cruzeiro do Mar.- Chefe Exu Karunga (kalunga grande)

REINO DAS MATAS
1) Povo das Árbores .- Chefe Exu Quebra Galho
2) Povo dos Parques .- Chefe Exu das Sombras
3) Povo da Mata da Praia.- Chefe Exu das Matas
4) Povo das Campinas.- Chefe Exu das Campinas
5) Povo das Serranías.- Chefe Exu da Serra Negra
6) Povo das Minas.- Chefe Exu Sete Pedras
7) Povo das Cobras.- Chefe Exu Sete Cobras
8) Povo das Flores .- Chefe Exu do Cheiro
9) Povo da Sementeira.- Chefe Exu Arranca Tóco

REINO DA KALUNGA.
1) Povo das Portas da Kalunga.- Chefe Exu Porteira
2) Povo das Tumbas.- Chefe Exu Sete Tumbas
3) Povo das Catacumbas.- Chefe Exu Sete Catacumbas
4) Povo dos Fornos.- Chefe Exu da Braza
5) Povo das Caveiras.- Chefe Exu Caveira
6) Povo da Mata da Kalunga.- Chefe Exu Kalunga (conhecido tambêm como Exu dos Cemitérios)7) Povo da Lomba da Kalunga.- Chefe Exu Corcunda
8) Povo das Covas.- Chefe Exu Sete Covas
9) Povo das Mirongas y Trevas.- Chefe Exu Capa Preta (conhecido tambêm como Exu Mironga)

REINO DAS ALMAS
1) Povo das Almas da Lomba - Chefe Exu 7 Lombas.
2) Povo das Almas do Cativeiro- Chefe Exu Pemba.
3) Povo das Almas do Velôrio- Chefe Exu Marabá
.4) Povo das Almas dos Hospitáis.- Chefe Exu Curadô
5) Povo das Almas da Praia.- Chefe Exu Giramundo.
6) Povo das Almas das Igrejas e Templos .- Chefe Exu Nove Luzes .
7) Povo das Almas do Mato .- Chefe Exu 7 Montanhas.
8) Povo das Almas da Kalunga .- Chefe Exu Tatá Caveira
.9) Povo das Almas do Oriente.- Chefe Exu 7 Poeiras.

REINO DA LIRA
1) Povo dos Infernos .- Chefiado por Exu dos Infernos
2) Povo dos Cabarês.- Chefiado por Exu do Cabarê
3) Povo da Lira.- Chefiado por Exu Sete Liras
4) Povo dos Ciganos.- Chefiado por Exu Cigano
5) Povo do Oriente.- Chefiado por Exu Pagão
6) Povo dos Malandros.- Chefiado por Exu Zê Pelintra
7) Povo do Lixo.- Chefiado por Exu Ganga
8) Povo do Luar.- Chefiado por Exu Malê
9) Povo do Comércio.- Chefiado por Exu Chama Dinheiro.

REINO DA PRAIA.
1) Povo dos Rios.- Chefiado por Exu dos Rios.
2) Povo das Cachoeiras.- Chefiado por Exu das Cachoeiras
.3) Povo da Pedreira.- Chefiado por Exu da Pedra Preta
.4) Povo do Marinheiros.- Chefiado por Exu Marinheiro
.5) Povo do Mar.- Chefiado por Exu Marê
.6) Povo do Lodo.- Chefiado por Exu do Lodo.
7) Povo dos Bahianos.- Chefiado por Exu Bahiano.
8) Povo dos Ventos.- Chefiado por Exu dos Ventos
9) Povo da Ilha.- Chefiado por Exu do Côco.